segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Crise e deficiência


Crise e deficiência

POR JAIRO MARQUES
28/09/15  08:30
 

Meu povo, é osso ter de trazer para o blog uma discussão que está em todas as outras mídias, mas não posso me furtar de mostrar como a crise financeira que assola o país afeta em cheio a realidade de milhões de pessoas com deficiência no Brasil.
O mais “complicoso” nesse processo é que, com os “malacabados”, os efeitos da convulsão financeira são sentidos em aspectos da vida que são fundamentais: mobilidade, tecnologia de assistência e a própria sobrevivência, no caso daqueles que necessitam de medicação cotada em dólar.
Nos últimos anos, com a estabilidade do dólar, muita gente sem perna, sem braço, quebrada das partes e afins 😯 pode incrementar sua qualidade de vida com equipamentos de facilitação do dia a dia mais modernos, ágeis e funcionais.
 
Uma cadeira de rodas top, americana, que poderia ser comprada no Brasil por cerca de R$ 12 mil (ainda uma realidade para poucos, é fato), agora, com o dólar a R$ 4, a viabilidade de ter o conforto de um “cavalo de rodas” ultraleve, anatômico e durável se tornou muito, muito restrita.

 
 
O mesmo vale para próteses importadas, almofadas que protegem o “popô” de feridas, aparelhos auditivos de última geral e até treinamento de cães-guias. Materiais básicos de uma vida mais plena para quem tem deficiência motora ou dos sentidos se tornam, agora, sonhos muito distantes.
 
“Ah, tio, para de reclamar e compra um baguio nacional, pô!”
 
Sem dúvidas, houve algum salto no fomento da indústria nacional de tecnologias assistivas (que dão assistência à pessoa com deficiência), mas o grande voo de apoio prometido pelo programa “Viver sem Limites” não passou de um salto de galinha. 😥
 
O próprio programa, por sinal, anda escanteado, com nem metade de suas metas cumpridas, sem novas investidas do Executivo, sem repercussão, sem alcance social significativo (afora linhas de crédito, que, agora, também ficam sufocadas).
 
O comparativo entre os equipamentos brasileiros e gringos ainda nos dá uma desvantagem absurda, o que é natural, uma vez que entramos na brincadeira há pouquíssimo tempo.
 
A crise econômica também abala a vida das pessoas com deficiência em um aspecto ainda mais profundo e preocupante: Milhares de brasileiros convivem com doenças raras e, com isso, necessitam de medicamentos cotados em dólar. A manutenção desses tratamentos é fundamental, muitas vezes, para a sobrevivência.
 
Do dia para a noite ver o valor de um remédio quadruplicar é de sentar no asfalto quente e chorar o dia inteiro, né, não?
 
Também aquelas pessoas que programavam fazer algum tipo de tratamento ou reabilitação no exterior terão de replanejar suas estratégias. Isso para não dizer que terão de desistir, uma vez que o impacto financeiro com a alta da moeda americana é desastroso.
 
Todos estão embarcados nessa caravela que navega em mar furioso e cujo destino pouco se sabe, mas em um momento de extremo impacto, como estamos vivendo, é necessário tentar proteger os que sentem a sacolejo de maneira mais nauseante e que cuja a própria existência digna está em risco.
 

 
FONTE

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

21 DE SETEMBRO - DIA NACIONAL DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIENCIA

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência


 
 
Nesta segunda-feira, 21, o Brasil comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída pelo movimento social em Encontro Nacional realizado em 1982, e oficializado em 2005 pela Lei nº 11.133, de 14/07/2005, por meio de ação do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).
 
A razão da escolha da data é pelo fato de  marcar a entrada da primavera e o Dia da Árvore, o que remete à  simbologia do nascimento das reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições da pessoa com deficiência.
 
Segundo dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população brasileira – 45,6 milhões de pessoas – têm algum tipo de deficiência. Se compararmos os índices atuais com os do Censo de 2000, constata-se que houve um crescimento significativo no número de pessoas que declarou algum tipo de deficiência ou incapacidade. À época, 24.600.256 pessoas, ou 14,5% da população total, assinalaram algum tipo de deficiência ou incapacidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria das pessoas com deficiência vive em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
 
A data, portanto, representa a possibilidade de reflexão de todos os setores da sociedade sobre o tema e uma forma de divulgar a luta do segmento  por inclusão social. Como observa o presidente da INTEGRAR, Marcos Aloise, os avanços nos direitos da pessoa com deficiência começaram a ocorrer depois que o segmento procurou ocupar seus espaços na sociedade. “Somente vamos vencer a barreira atitudinal, ou seja, os preconceitos, quando todos tiverem a consciência de que a pessoa com deficiência merece ter acesso a todos os espaços. E as comemorações do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência contribuem para a quebra desses preconceitos.”

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Deficiência x Incapacidade

 
Muitas vezes as pessoas associam deficiência com incapacidade, mas nem toda deficiência provoca limitação de capacidade e problemas de desempenho. Ela pode comprometer apenas uma função específica e preservar as outras. 
Por exemplo, um deficiente visual não está impedido de ter uma vida independente, mesmo com a sua deficiência esse indivíduo  pode trabalhar e desempenhar diversas atividades no seu dia a dia.

O mesmo é um cadeirante. Sua mobilidade física reduzida não significa que necessariamente esta pessoa terá dificuldade intelectual.

O que muitos ainda não entenderam é que não existe e jamais existirá um ser humano totalmente perfeito, capazes de desempenhar toda e qualquer função de maneira satisfatória. É importante lembrar que todos nós temos incapacidade ou dificuldade em alguma área; inclusive aqueles que grande parte da sociedade julga "normal". Essas pessoas ditas "normais" somente tem problemas e dificuldades diferentes de um cadeirante ou demais deficiências. Os meus problemas serem diferentes dos seus não faz da minha vida melhor que que a sua.
 
                                                                    Nick Vujicic
 
E não digo para se acomodarem, ao contrário, quero lhes dizer que devem lutar por seus objetivos e sonhos. Mas tendo em mente que ser diferente não o faz incapaz. O que torna uma pessoa incapaz é não acreditar em si mesmo. A vida muitas vezes é um pouco injusta para alguns, mas isso não pode tirar a nossa alegria de viver.

O segredo é ACREDITAR, se você realmente deseja algo vá atrás porque com esforço e dedicação tudo o que queira poderá acontecer.